Cerca de 15% da energia consumida no mundo é usada para iluminação, uma parcela importante que implica em um elevado uso do recurso no globo inteiro. Tradicionalmente, a iluminação tem sido obtida através de lâmpadas incandescentes, aquelas inventadas por Thomas Edison em 1879, porém, pelos padrões e tecnologias atuais disponíveis, apresentam um índice de eficiência energético muito além do esperado. Em uma lâmpada incandescente a a luz é produzida ao passar a eletricidade por (AlGaAs) e que emitem uma luz avermelhada, que é menos energética, quando que com a tecnologia InGaN emitem luz azul, mais energética.
Se analisarmos como funciona um LED podemos observar que, no fundo, este funciona de maneira inversa a uma placa fotovoltaica. Na placa é a luz visível que provoca a excitação do elétrons e cria a corrente elétrica que facilita o movimento dos elétrons e a emissão da luz visível. A eletroluminescência é, de certo modo, o processo contrário ao efeito fotovoltaico.
O LED não é, entretanto, uma tecnologia nova. O primeiro LED foi fabricado por um cientista soviético em 1927, e que foram comercialmente desenvolvidos por um cientista americano de origem ucraniana em 1962. Os primeiros LEDs fabricados emitiram uma luz de cor avermelhada e nos anos seguintes conseguiram LEDs amarelos, laranjas e verdes, porém não brancos, que não serviam para o uso em iluminação e somente utilizavam em pilotos de luz para mostrar números vermelhos em telas de equipamentos eletrônicos.
O primeiro LED azul de alto brilho foi desenvolvido em 1994 por uma equipe de cientistas japoneses que acabaram por ganhar o prêmio Nobel de física por esta descoberta. Graças ao LED japonês azul se pode gerar luz branca mediante a dois destes procedimentos: misturando a luz azul com a vermelha e a verde (o olho humano detecta o resultado como luz branca) ou usando uma capa de fósforo que, ao ser iluminada com luz azul, reemite a luz de cor branca, mais ou menos quente. Uma vez que finalmente conseguiu-se gerar luz branca, o LED começou a ser usado em massa na iluminação.
Os primeiros LEDs para iluminação eram muito caros e não podiam ainda competir com as luminárias tradicionais, que apesar de consumir mais eletricidade eram muito mais baratas de se fabricarem. Sem empecilhos, a tecnologia LED traçou um caminho bem semelhante das placas solares, baterias e outras tecnologias que eram muito caras na começo. Conforme passaram-se os anos o preço das luminárias LED foram caindo de forma que o produto foi melhorando com a melhora da quantidade de luz emitida por Watt, tornando a eficiência ainda mais atrativa.
O LED consome aproximadamente 10% de energia que uma lâmpada incandescente e 15% da halógena, e mais ou menos metade de uma lâmpada de baixo consumo. Além do mais, por quase não emitir calor tem uma vida útil muito maior, já que a luminária LED pode funcionar por mais de 50.000 horas, muito mais que uma lâmpada incandescente (1.000 horas), uma halógena (2.000 horas) ou uma lâmpada de baixo consumo (10.000 horas). Estes dois fatores fazem do LED a tecnologia mais eficiente que existe e por isso está substituindo as luminárias tradicionais em todo o mundo.
Fonte: El Futuro de la Energía en 100 Preguntas, Pedro Fresco, 2018