As lâmpadas e luminárias de LED, que consomem menos energia do que as convencionais incandescentes ou fluorescentes, já estão revolucionando o mercado de iluminação. Elas foram aperfeiçoadas graças a três cientistas japoneses que receberam o prêmio Nobel de física de 2014, concedido no dia 7 de outubro pela Real Academia das Ciências da Suécia.
Os três inventaram na década de 90 o emissor de luz azul de diodo, que combinada com os LEDs verde e vermelho já existentes possibilitou a criação de lâmpadas de luz branca mais duradouras e eficientes do que todas as demais.
Além da redução no consumo de energia e dos baixos custos de manutenção, a nova tecnologia melhora a qualidade de vida para os moradores, segundo o diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), Isac Roizenblatt. “Uma cidade adequadamente iluminada orienta melhor os pedestres, motoristas e ciclistas, além de contribuir para a segurança”, diz o especialista, que destaca também o aspecto estético. “A cidade fica mais bonita”.
História
O LED (Light Emitter Diode ou Diodo Emissor de Luz) é um dispositivo eletrônico que transforma energia elétrica em luz. Essa transformação é diferente da realizada nas lâmpadas convencionais (incandescentes e fluorescentes), que utilizam filamentos metálicos e descargas de gases.
A tecnologia foi criada na Rússia ainda na década de 20 e desde os anos 60 os LEDS de luz verde e vermelha já eram utilizados em pequenos dispositivos como calculadoras e placas de circuitos. Porém, apenas com a descoberta da luz de LED azul, na década de 90, foi possível combinar as três cores para obter uma lâmpada de luz branca, resultando numa fonte de energia mais eficiente e sustentável.
Atualmente, sua utilidade ampliou-se e o LED já pode ser encontrado em televisões, monitores de computador, lanternas e telas de celulares.
Comparativo de Lâmpadas
Incandescente
- Vantagem: É mais barata e mais usada até hoje. Produz uma iluminação mais próxima da luz natural.
- Desvantagem: a maior parte da energia é usada para aquecer a lâmpada e não para iluminar. Cerca de 80% da energia é dissipada na forma de calor. A luz não pode ser direcionada, pois o filamento de tungstênio aquecido irradia luz em todas as direções
- Vida útil: 1 mil horas
Fluorescente
- Vantagens: É mais econômica que as lâmpadas incandescentes, por isso é amplamente usada na iluminação de escritórios e instalações industriais. Ganhou espaço no mercado residencial graças às campanhas de economia de energia.
- Desvantagem: Tem mercúrio na sua composição, o que prejudica a natureza em caso de contaminação do solo ou a água.
- Vida útil: 10 mil horas
LED
- Vantagens: Ilumina mais e consome menos. Permite direcionar a luminosidade. Com apenas 6 a 8 watts de potência produz a mesma luminosidade que uma lâmpada incandescente de 100 watts. É 12 vezes mais eficiente e reduz a conta de luz em quase 90%. Não contém mercúrio e não emite calor e nem raios ultravioleta.
- Desvantagens: Ainda é pouco usada pelo comércio e indústria.
- Vida útil: 50 mil horas
Artigo extraído de Estadão